sábado, 31 de dezembro de 2011

O silêncio

O silêncio

    Deveria ser comentado, entre uma das armas mais destrutivas que existem... o silêncio em seu auge é capaz de causar sérios danos, desde impressões negativas à pensamentos dolorosos, sabe? aqueles que você acha que esqueceu e que você erroneamente imaginou que no âmbito da sua ignorância e egoísmo conseguiria simplismente apagar; Sentimentos de dor e as vezes de ódio, mas são em sua maioria das vezes os sentimentos fortes que foram reprimidos por outras vozes, que durante o silêncio não existem... E é como se suas barreiras fosses destroçadas e tudo isso sem ouvir palavra alguma, até que você percebe que o seu maior inimigo, a pessoa que lhe causa mais dor em todo o mundo é você mesmo...

    Sentado à beira da sua cama, pensativo... o garoto apenas não compreende as dores de cabeça que ele costuma sentir, seu nariz sangrava levemente quase que de um modo imperceptivel pelo tato do garoto... talvez fosse algum castigo por ele ter deixado as artes ou algo do tipo, mas isso não influênciara sua saúde, era apenas um fato assustador presente na vida dele que assustava as pessoas à sua volta. Observando a Janela do seu quarto, ele encherga a chuva, que em sua magnitude, mostra bastante tenacidade, renovação e vida... por mais que todos os acontecimentos envolvendo chuva na vida do garoto fossem repletos de manchas negras que obscureciam o seu passado e encobriam suas lembranças apenas com ódio e sofrimento, fazendo com que ele apenas admirasse a chuva de longe mas a odiasse quando sob ela, ele estivesse...
  
     Seu coração apertado, enquanto a chuva mantinha-se em um ritmo calmo e sereno, o rapaz deitado dormindo, com uma expressão calma deixava o garoto com um certo conforto mas mesmo assim, algo ainda se encontrava fora do lugar...
enquanto ele abaixava sua cabeça para forçar os pensamentos. Então as lembranças da ultima noite lhe vieram a cabeça,que ele estava decidido a voltar para casa, não apenas para a aldeia, mas para a sua casa, para o começo de tudo, como se tudo de bom que tivesse ocorrido jamais tivesse passado de um sonho, então ele entrou em uma briga com o rapaz... Pois o garoto apenas queria asas para voar, mas não conseguia sair do chão, nem dos braços do rapaz e ele penas queria fugir. Fugir do seu passado, do seu presente e do seu Futuro, fugir das coisas boas, das ruins apenas fugir de si mesmo.... -"mas para onde?". Ele não sabia, mas isso ainda enchia sua alma de dúvidas, seus pais, amigos e familiares eram contra tudo que ele acreditava e sem o rapaz ele estaria sozinho novamente, e não apenas a solidão de não ter alguma pessoa do lado, mas a solidão de estar incompleto novamente, mas talvez isso fosse o certo a ser executado, por mais errado que parecesse, afinal não se pode substituir a familia, por pior que ela tenha sido, o garoto ainda tinha um certo apreço pelos membros do seu clan e da sua casa... E depois de conversar, abrir seu coração novamente para o rapaz, ele se forçou a entender e então abriu suas mãos para que o garoto partisse, destruindo de uma vez por todas o frágil laço que segurava as almas dos dois, porém o garoto não tinha mais como encarar aqueles olhos, olhos apagados, sem o brilho inefável de antes, era como se o deixar partir tivesse acabado com a vida existente daquele corpo, e aqueles olhos ainda representavam alguma coisa importante, mesmo após a decisão suprema do clan, da família e do próprio garoto, ele sentia aque aquilo estava mais errado do que o erro anterior, que um não justificara o outro e assim ele compreendeu que precisou perder para dar o valor que o rapaz merecia,ao sair de casa, com um pesar monstruoso, maior que ele jamais sentia, uma dor na conciência que ele jamais sentira e um fardo que ele nunca esperou ter de carregar, ele caminhou pelos corredores da casa do rapaz, tristemente, repleto de sofrimento na alma, pensando que nem sua vida anterior poderia salvá-lo da tristeza que o aflingira apartir daquele momento, continuando a caminhar em busca da saida ele pode ouvir o rapaz correndo atrás dele e clamando o seu nome...com os olhos envoltos de lágrimas e chuva pesada e fria sobre ambos e os corações mais que destruidos pela separação.
o rapaz abraçou o garoto, e sussurrou:-" passe o resto dos seus dias comigo?"
e a resposta foi selada com um beijo...   
   
    porém nem tudo sai como o planejado, a chuva fria não apenas esfriou a cabeça do garoto, mas o coração do rapaz... seus dias juntos são baseados em conversas de meia boca, sorrisos desviados e falta de sintonia... acho que tantas porradas no vidro acabaram fazendo ele se partir, e agora não se sabe como isso pode ser consertado. o rapaz anda frigido, sarcástido, irônico, como se estivesse se vingando pelos acontecimentos do passado, como se o seu crescimento pessoal tivesse sido um modo de crescer a sua semente de ódio no coração. mas o garoto entendia que aquilo era necessário para sanar a cicatriz que ali estava, um ferimento que foi aberto e fechado em pouco tempo, ainda estava dolorido e então o garoto deveria aguardar a cura... mas essa cura não tem previsão por acontecer, o garoto sente falta da atenção que ele tinha, do carinho e das coisas que ele nunca teve, a nova personalidade do rapaz apenas se assemelha a todas as outras que ele conhecera, nada que faça alguma reelevância na vida do garoto e o seu medo é que isso seja uma mudança permanente e a sua força usada para manter-se onde está seja usada para repelir tudo isso...

~depois faço review~

domingo, 18 de dezembro de 2011

O sorriso Aparente²

Sorrio.
Mas
ninguém vê minha dor
Não sabem
que sangro por dentro
Não
escutam o som abafado do cair das lágrimas
Pois
ninguém me vê chorar...
Sorrio.
Um
sorriso aparente
Complacente
Quem sabe
até, convincente!
Sim.
Talvez convincente.
Talvez
meu sorriso disfarce bem minha dor
Meu olhar
impreciso
Minha
pele sem cor
Talvez eu
só precise sorrir contente
Mascarar
o sofrimento
Me manter
em silêncio e sorrir
Um
sorriso aparente
Devo
sorrir quando se dirigem a mim
Devo
sorrir e dizer "amém"
Talvez um
leve aceno de cabeça
Brindar e
beber
Ninguém
precisa saber
Ninguém!
Devo ir a
outra festa
Fingir
estar completo
Olhar a
todos indiferente
E sorrir... Meu sorriso aparente

~ E eu Jamais Imaginei ter que sorri-lo novamente ~