terça-feira, 20 de setembro de 2011

Duas Colheres de Cólera.

 O garoto, admirado com as circunstâncias da sua vida e até onde os seus passos o levaram, estava deitado em sua cama, aborrecido talvez com alguma coisa que tenha ocorrido. Pensativo como de costume, ele levantou-se de sua cama. O quarto estava escuro pela alta hora da madrugada. Ele não conseguia compreender muito bem, mas sua cabeça girava e ele estava cansado de tudo o que havia ocorrido consigo, mesmo que tenham sido coisas boas que o fizeram crescer. Ele não queria mais se importar, pois sentia-se fraco, como se toda a sua muralha, aquela que ele demorou anos para erguer, estivesse se desfazendo e tornando-se pontes para outras pessoas, e tudo isso era muito complicado. Ele estava inquieto, sua cabeça não parava de doer. Era como se ele estivesse doente, mas não pela saúde frágil, nem pelo seu corpo mal nutrido, às vezes deteriorado pelos esforços repentinos de seus trabalhos incomuns lecionando línguas tribais, mas uma doença espiritual que o deixava muito aflito. Ele só conseguia pensar em como dizer às pessoas que se tornaram importantes na sua vida, como a caçadora e o rapaz, que ele não estava se sentindo bem ali, naquele lugar e que queria voltar para casa. Então ele colocou sua cabeça sobre o travesseiro para descansar. Colocou o braço direito sobre os olhos e em lágrimas começou a se preparar mentalmente para aquele que seria um dos seus trabalhos mais importantes.

Ao amanhecer, o garoto foi levado ao castelo de uma mulher que ansiava por conhecê-lo, pois todos diziam ser muito esperto, então ela queria aproximar-se dele para testar o mito que se formou à sua volta. Ao chegar lá, o garoto se deparou com um castelo incrível, tão suntuoso quanto a maior das fortalezas que ele apenas ouvia em histórias em volta da fogueira. No salão principal ele se deparou com uma mesa farta de alimentos que ele jamais havia visto igual em nenhum outro canto. Seu pensamento foi reconfortado ao ver que existiam tantas coisas além de sua íngreme visão. Seu coração estava gelado, mas ainda sim estava curioso para o que estava para acontecer, então ele observou aquela fartura e se sentiu tão inferior. Ele andou calmamente até a mesa, sentou-se em uma cadeira de madeira, macia e confortável, perante a louça bem trabalhada, aparentemente antiga e muito fina. Ele esperou ser servido por algum dos criados, que rapidamente tratou de pôr para ele uma iguaria que lhe foi apresentado como o “especial do chef”. Ele não sabia o que significava, mas achava aquilo o máximo. Estava contente por fora e apreensivo por dentro. Ele recebeu uma refeição magnífica à sua frente que não pode identificar os ingredientes, mas ela exalava um odor incomum que fez com que a sua visão se obscurecesse por alguns instantes, pois aquele odor presente o deixava tonto e em um piscar de olhos ao observar novamente a mesa, aqueles preparativos e alimentos eram na verdade um santuário macabro e manchado por um mau gosto surpreendente. Aqueles pratos suntuosos e bem delicados eram compostos apenas de vermes e insetos que caminhavam entre a fina porcelana e às vezes pelas mãos do garoto que se sentia encaixado naquele lugar pútrido e destroçado, com a mulher sentada ao centro da mesa com um véu sobre o rosto, como uma noiva que jazia ali enterrada naquele lugar. Ela convidou o garoto a alimentar-se junto à ela, mas ele apenas lhe deu a sua companhia, mesmo estando acostumado a ver seu alimento com aquela aparência ruim por um trauma de seu passado. Ele estava mais intrigado com a mulher e seu objetivo para com ele, então apenas esperou ansiosamente.

A mulher terminou a sua refeição de insetos, satisfeita e contente. Mesmo com aquela agitação toda, o garoto não conseguiu observar o rosto da mulher, mas a presença dela não o intrigava mais, pois ela parecia uma velha conhecida dele e ele não sentia medo por mais assustador que fosse o local ou sua anfitriã. Seu coração gelado estava mais calmo do que quando ele se encontrava na presença do rapaz ou da caçadora. Suas indecisões eram supridas apenas por suas fantasias em descobrir quem era a mulher misteriosa.

Ela o convidou ao seu escritório para que pudessem conversar, pois aguardava por isso ansiosamente. O garoto acompanhou-a pelos corredores sombrios do castelo guiado por uma luz fúnebre de uma tocha que a mulher carregava. Depois de algum tempo caminhando em silêncio eles se depararam com uma grande porta que ela disse ser de seu escritório, onde eles poderiam conversar sem aborrecimentos e intromissões desnecessárias. Ao entrar, ela sentou-se atrás da mesa e o convidou para sentar-se à sua frente. Caminhando com desconfiança o garoto sentou e se dispôs a ouví-la atentamente. Ela pediu para que o garoto contasse sobre a sua vida, pois ela gostaria de saber se tudo que ouvira fora verdade. Ele contou sobre suas aventuras detalhadamente e ela ouviu como uma grande expectadora mostrando-se a cada segundo estar interessada nos contos fantásticos que ocorreram na vida do garoto e após algumas horas de falatório ele finalizou contando sobre seu encontro no lago e até o momento que chegara ao castelo da mulher. Ela levantou o véu e não havia um rosto lá, apenas um vazio sem olhos, nariz ou boca, era como uma boneca de cera, mas o garoto ouvia a sua voz que era doce e gentil. Ela falava de coisas que o garoto não compreendia muito bem, mesmo sendo bastante inteligente.

Após falar de um futuro estranho de como seria o seu relacionamento com o rapaz, ela começou a falar do presente do garoto, da vida que ele leva atualmente, comparando com a vida que ele possuía anteriormente, disse que a visão que ele tinha dela e do local onde ela morava era a visão que habitava os seus pensamentos e sonhos mais tenebrosos e que na verdade tudo não passava de uma visão distorcida da sua cabeça assim como a visão que ele tinha quando consumia algum alimento ou quando evitava conhecer outra pessoa e imaginava sempre as piores coisas. Com isso o garoto ficou mais impressionado, pois a mulher falava, sempre em verdade, aquilo que se passava pelo coração do garoto. Ela caminhou até uma janela, observando o nascer do sol, pois o garoto havia ficado horas em seus aposentos. Ouvindo-a, então, ela finalizou com dizerem intrigantes de que eles voltariam a se encontrar quando o garoto se encontrasse e ao contemplar os raios de sol pela janela o garoto deparou-se em sua cama, como se tudo que tivesse se passado não tivesse sido apenas um pesadelo.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Unplayed Piano

Venha me ver

Cante para mim até que eu durma
Venha e me liberte
Abrace-me se eu precisar chorar
Talvez não seja a época
Talvez não seja o ano
Talvez não haja nenhuma boa razão
Do porquê de eu estar preso em mim
Só porque querem me esconder
A lua vai brilhando mais forte
Quanto mais escura fica minha noite

Pianos intocados
Estão freqüentemente perto de uma janela
Em uma sala onde ninguém amado entra
Ela se senta sozinha com sua canção
Alguém a traga de volta para casa
 
Um piano intocado
Ainda mantém uma melodia
Um cadeado na tampa
Em uma sala envelhecida
Talvez não seja tão fácil
Ou talvez não seja tão difícil
Talvez possam me libertar
Deixe que as pessoas decidam
Não tenho nada a esconder
Não fiz nada de errado
Então por que estou aqui há tanto tempo?
 
Um piano intocado
Ainda mantém uma melodia
Os anos passam
Com as fases da lua
 
~ Aung San Suu Kyi ~

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Auto Retrato

Como fazer um auto retrato de mim sem controlar o meu ego e deixá-lo sobressair o espaço?
descrever-me em um simples texto?! acho improvável pois não saberia os reais pontos negativos e positivos em cem por cento pois, -"quem está de fora sempre vê melhor" ,mas não custa nada tentar;
Sou um Garoto simples e de hábitos simples, possuo os meus paradigmas rompidos e procuro sempre ver o lado bom das coisas, acredito que as pessoas estão sempre mudando e por isso procuro me adaptar sempre à diversas situações de maneira bem calma, às vezes sou meio Megalomaníaco, Nefelibata, Egocêntrico, Eremita, Manipulador, Anti-social, Psicopata, Frio e Misantropo, porém sempre sou Introspectivo e bastante calmo, receio que muitas pessoas não entendam esse meu jeito, pois odeio que se importem comigo, sempre acabo imaginando que querem algo em troca dessa preocupação, mas mesmo assim ainda possuo meus Leais amigos!
Amo as coisas boas da vida, me importo muito se um dia não mais puder ver o céu ou esquecer do que é intrigante para mim, tenho meu lado detetive que busca sempre a verdade que os outros escondem, não sei mentir, tenho minhas manias, minhas fobias, meu mundo e esse sou eu.

                           Rio de Janeiro, 22 de Julho de 2008
                        - Um garoto suburbano chamado Felipe.-

O Espelho e a Lótus

O garoto estava caminhando como sempre fazia, pelos arredores de onde ele habitava, pois sempre encontrava pessoas incomuns ou fatos que o faziam ver o mundo de formas totalmente diferentes do natural; Certo dia à margem de um tranquilo lago solitário, cuja margem erguiam-se árvores e arbustos com perfumosas flores de mil cores e coalhadas de ninhos onde as aves canoras chileavam, ele sentiu um doce aroma, composto de flores e essências muito exóticas e seguindo seu olfato o garoto se deparou com uma senhora de idade com expressões asiáticas que estava preparando perfumes para vender em algum lugar, impressionado com a arte da senhora, o garoto sentou-se ao seu fronte e apenas a observou preparando as ervas como se aquilo fosse uma alquimia muito rigorosa, puxando um "olá" ele foi gratificado com a atenção que a senhora o dava, ao notar a expressão de impressionado que o garoto transpassava à ela e com um olhar gentil, ela desferiu ao garoto as seguintes palavras :
“A única prisão real é o medo. E a única liberdade real é a liberdade de não ter medo.”
Levantou-se calmamente e deu um objeto para o Garoto enrolado em trapos e disse para ele observar apenas quando ela não mais estivesse ali e após isso ela se levantou e se retirou do local cantando uma canção que acalmava o coração do garoto, após isso o garoto abriu os trapos e lá se encontrava um espelho no qual não estava o reflexo do garoto, não o reflexo de bobo que nele continha, mas um reflexo que demonstrava tristeza e solidão com uma aurea negra e sinistra que assustara o próprio garoto, mas ao olhar atentamente ele percebeu que ali nas trevas contidas no reflexo do espelho ele pode enchergar uma Flor de Lótus, brotando lentamente do seu interior pois ela é aquela que mantem as raízes nas trevas mas mantém suas pétalas impecavelmente brancas. Ela precisa dos nutrientes que estão na trevas para florescer. Isto é desapego, estar perto do que você mais deseja estar livre e usar isso para fazer você crescer. Aquela pessoa, que agora esta perto de nós, é talvez o melhor professor que poderíamos ter, se fossemos capazes de ver os nutrientes na sua presença."e ele concluiu que o espelho mostrava a Alma do garoto, que por mais que suas raizes estejam imersas nas trevas sua cabeça deve permanecer para o alto e livre de pensamentos ruins para compensar isso; Que ele deve observar melhor as pessoas a sua volta e dar mais valor à aqueles que os são próximos e perder o medo de dedicar-se à eles.

sábado, 10 de setembro de 2011

A Nuvem e o Céu.

O Garoto depois de seus dias de reflexão, compreendeu como se sentia à respeito do rapaz...
ele foi para casa, pensou bastante enquanto tomava seu chá verde e observava uma fogueira queimar, alí ele viu o que realmente sentia e o quanto isso estava se tornando importante para ele, ele apenas calculou que se o rapaz era como o céu ele deveria ser como algo que também continha no céu, mas algo de importancia igual nada que passasse despercebido então após horas de pensamentos e reflexões o garoto de um modo muito bobo chegou a conclusão que ele seria como uma nuvem, pois ele já possuia uma personalidade nefelibata fazendo com que isso fosse mais concreto e ao encontrar com o rapaz dois dias depois dessas reflexões ele declarou seus mais puros sentimentos dizendo -" Sou como uma Nuvem, nasci para ser afastado, à deriva, uma nuvem que protege a família de um ponto de vista independente, e que nada pode ligar sempre. mas você agora tem algo que me liga à você pois você faz parte da minha familia então você é parte de mim." e assim ele não se sentiu apenas amado, mas como se amasse alguém também.

O Céu

Não basta apenas você passar por ele todos os dias, não basta você se sentar e olhar, porque alguém disse que havia algo lá. Você tem de descobrir por si mesmo a beleza que nele contém.
O garoto estava deitado em uma manhã bem calma sobre um gramado no cume de uma montanha que era o seu ponto preferido onde ele poderia ficar refletindo sem que ninguém o perturbara, observando o tempo passar, resolveu se concentrar em algo mais puro e mais complicado: o céu. Seu olhar era quase que cirúrgico e começou a desvendar os segredos dessa grande imensidão de muitas fases e pensou:
O céu, tão sublime e tão perfeito, nele há a sensação de liberdade, pode-se notar a grande vida que dele provém junto com as chuvas de primavera, o frescor e alivio que proporciona nos dias de verão com leves brisas ou como ele remove as folhas das árvores com uma dança fascinante de outono e principalmente quando ele revela o seu lado mais perfeito e puro, quando cobre a terra com um branco cobertor de neve no inverno, sendo assim o garoto notou que o céu também não possuía apenas belas passagens e sim que a sua beleza viria dos olhos de quem a notara, pois como em tudo que é bom,  no céu também era possível encontrar alguns defeitos, como as nuvens tempestuosas, ventos destrutivos e seus companheiros e assim o garoto adormeceu aquela manhã com o calor aconchegante do sol e ao se levantar já estava meio tarde e ele conseguiu contemplar um crepúsculo carmesim que o impressionou muito, um carmesim tão intenso brilhante e perfeito quanto o sangue e com isso o garoto refletiu mais ainda nas condições do seu amado céu e como tudo se encaixava, ele se retirou para voltar ao anoitecer e contemplar o ultimo momento do seu pensamento, e como visto o céu estava limpo, sereno e calmo, sem muitas nuvens porém com as estrelas brilhando em seu ápice mostrando assim mais uma beleza que poucos notam por não ter o tempo de observar como as mudanças são naturais e se souber esperar pode-se contemplar belezas incríveis. Com isso ele chegou a conclusão que assim como seu céu tem essas complicações, as pessoas também as tem, porém, só é encontrada a verdadeira beleza quando dedicamos nosso tempo a observar atentamente pequenos sinais e assim o garoto comparou o céu ao rapaz.

Elísios.

O garoto sempre ouviu, que um dia quando os mortos, pelo menos aqueles que são bons,corretos e puros , assim que partem, encontram caronte, o barqueiro, para atravessa-los pelos rios estige e o Aqueronte e após essa travessia eles chegavam em um local chamado Campos Elísios, com isso em mente o garoto sempre planejou ser bom e generoso; Por mais que as dificuldades o abatessem, com isso ele criou uma barreira muito forte à qual evitava que as pessoas chegassem próximas a ele, para que assim ele se mantivesse puro e não fosse contaminado pela maldade do mundo e também para que ele não pudesse ferir ninguém.
Sua jornada sempre foi surpreendente, mas dessa vez ele teve algo tão inesperado que nem ele mesmo soube como lidar, o rapaz, seu antigo amigo, agora estava muito mais próximo que antes, seu companheirismo estava mais forte seus pensamentos eram quase que iguais e o apreço que um sentia pelo outro ficou cada vez maior.
Em uma noite tempestuosa de ventos fortes e gélidos,o garoto estava em uma jornada pelo outro lado do rio, mas nada saiu como planejado e ele foi atingido pela tempestade e quando estava perecendo, foi encontrado pelo rapaz próximo a cabana de uma amiga que estava caçando em outro condado, então o rapaz ofereceu abrigo ao garoto, que não havendo alternativa, aceitou dormir com seu estimado amigo; mesmo com as roupas molhadas as providencias estavam em baixa, comida e água estavam escassas por aquela noite e a sua fogueira estava próxima às cinzas e a para que a sobrevivência fosse garantida, dormir juntos foi a única solução.

Sem jeito, o garoto tirou a camisa que estava molhada pela tempestade que os atingira anteriormente e ao notar que o frio não passava, resolveu tirar o resto da roupa molhada igualmente o rapaz havia feito. Nisso foi compartilhado o aclamado calor humano, entregues um ao outro, o rapaz e o garoto se deitaram juntos para se aquecer e manter a vida um do outro, como já haviam dormido juntos anteriormente não houve problemas à não ser a nudez que deixava o garoto meio sem jeito.
O frio tornou-se cada vez mais intenso, então foi necessário que eles ficassem mais próximos ainda ao ponto de se abraçarem, então o garoto teve a devida recaída e beijou o rapaz na intensidade que jamais havia tocado alguém, quase que como um vampiro louco por sangue, seu beijo aqueceu o rapaz não só fisicamente, mas elevou a sua chama interna aquela que ele alimentava fielmente de todos os dias com o sorriso do garoto.
Ali mesmo sob o teto da cabana do rapaz, o garoto experimentou a sensação de ter a sua primeira vez e o rapaz sempre gentil o guiou e o ensinou gentilmente como se portar, fazendo daquele momento o acontecimento mais importante da vida do garoto e em sua imaginação aquilo que todos sempre o incentivaram jamais poderia se comparar à como ele se sentiu apenas uma sensação indescritível, um prazer imensurável, algo que ele jamais soube lidar ocupou sua mente e durante aquele momento e ele aprendeu algo completamente paradoxal, que no dia em que ele perdeu a sua pureza de um modo incorreto, ele alcançou o tão aclamado Elísios.

Desilusão.

Havia um garoto, um que era comum aos olhos dos outros, um gênio renomado, que sempre teve perspectivas além da visão comum, que achava que tudo deveria ser diferente do habitual.
O que esse garoto via era apenas um esboço de um mundo imperfeito no qual ele vivia ... e essa vida cobrava um aluguel mais caro que esse garoto poderia jamais pagar...
Sua jornada por esse mundo desde o começo não foi fácil, crescendo em uma família humilde... logo descobriu ser apenas um hospede naquela maravilhosa família religiosamente militar.
Aos 14 anos ele descobriu ter sido adotado e que sua família verdadeira havia o jogado em uma lata de lixo quando ele era apenas um recém nascido prematuro de 6 meses.
Seu “pai” era um monstro arrogante e mesquinho, porém de certo modo era um homem bom, pois não deixava faltar as providencias do lar e muito menos agredia o garoto.
Sua mãe era uma pessoa extremamente bondosa, por ser temente ao Deus dela sempre esteve fazendo as coisas que para ela e a religião dela fossem corretas... mantendo sempre a imparcialidade no lar.
Mas o garoto não vivia sozinho em seu lar apenas com seus pais adotivos, ele também possuía um irmão, que em primeiros contatos sempre foi uma pessoa horrível, mas com o tempo foi aprendendo a dar valor a como o garoto enxergava o mundo.
Sua jornada foi sempre conturbada, pois ele tinha um modo incomum de ver o mundo e as pessoas que nele continham, s eu olhar era clinico e rigoroso... ninguém jamais deveria ser bom aos seus olhos... seus juramentos eram sagrados e suas regras pessoais eram sublimes....
Sua jornada foi sempre vazia e solitária, até encontrar pessoas que para ele se tornariam muito importantes no futuro, aos 17 anos ele o fez: encontrou uma ” caixa mágica” onde nela ele conseguia realizar todos os seus desejos e se aproximar de pessoas como ele, mantendo contatos com elas e criando laços!
Ele firmou laços com diversas pessoas de diversos modos diferentes e todas essas pessoas se tornaram algo que nem ele esperava, aquilo que ele viria a conhecer como amigos preciosos.
Ele relevou esses contatos por muito tempo, suas amizades irreais, acabaram por se refazerem no mundo real através de encontros pessoais e reuniões de grupos.
Mas o garoto ainda se encontrava vazio e nesse período enquanto ele estava solitário, idéias obscuras passavam por sua cabeça, o garoto em seu âmbito de solidão utilizava drogas, fumava, bebia e estragava o seu corpo, pois suas crenças o levavam a crer que aquilo não se passava de uma casca vazia sem importância e que a coisa mais relevante seria sua mente, algo que ele sempre aprendeu que o conhecimento nunca poderia ser tomado e que na velhice o mais importante seria a arte de conversar.
Sua regra mais importante era a verdade, não importa o quão dolorosa ela fosse deveria ser dita, não importa quantos tivessem de morrer ela não deveria ser ofuscada e o maior orgulho do garoto era que seu corpo era um templo ele não poderia ser visitado por amigos, nem por pessoas “impuras”, mas isso era muito complicado onde ele vivia, pois haviam incentivos de todas as partes e manter-se são , era uma tarefa cada vez mais difícil
Mas ao continuar sua jornada, o garoto encontrou um rio, e, do outro lado desse rio, também havia outro garoto, que o observava com um olhar Inefável. Eles conversavam sempre, mas nenhum jamais ousou atravessar o rio, que possuía águas turbulentas e poderosas que assustavam os dois.
Mas isso não impedia que os dois passassem os seus dias conversando, e aquilo esquentava o coração do garoto que jamais confiara em ninguém tão cegamente.
Durante essa jornada o menino do rio ensinava coisas ao garoto e ele ficava feliz por aprender, e assim eles se tornaram muito mais que amigos por anos e anos,até que o garoto tomou coragem de atravessar o rio e ver como era do outro lado do rio.
Ele prometeu a si mesmo que tudo seria diferente, abandonou as drogas, a álcool, o fumo e tudo que o prejudicava. Então ele voltou a acreditar nas pessoas .
Ao estar do outro lado do rio, o garoto jamais soube como voltar e acabou por começar a viver do outro lado do rio acompanhado do menino que agora já era um rapaz.
E de todas as coisas importantes que o garoto aprendeu, ele aprendeu algo que era valioso, porém que estava perdido, algo que todos diziam existir mas ele jamais havia conhecido,algo conhecido como amor, algo que se tem desde o berço, mas quando se vem de uma pessoa que não nos pertence a família é mais intenso e caloroso e é a melhor sensação do mundo!
Então por causa disso o garoto acabou esquecendo o que lhe era importante primeiro e suas regras pessoais foram se tornando apenas poeira diante do seu sonho irreal...
Lentamente ele quebrou a primeira e estava a dormir com aquele que ele considerava seu melhor amigo, foi para a segunda e se apaixonou por uma pessoa, foi pela terceira regra onde essa pessoa era um rapaz, chegou até a quarta regra e eles tiveram seu primeiro beijo.
E o garoto havia se perdido para sempre. Eele aprendeu a ter uma família, pois o rapaz dividia a dele igualmente, mas nem tudo são rosas e o garoto começou a cogitar o que ele fazia do outro lado do rio, onde não era o seu lar e todo que ele possuía estava longe!? Ele começou a sondar seus erros e seus acertos e medir as conseqüências de ambos,para ver onde ele estava melhor. Então ele fez um acordo com o rapaz.
Que jamais um mentiria para o outro e que a relação dos dois seria baseada apenas em verdade... e assim eles se tornaram mais felizes e mais próximos ainda...e tudo foi se tornando mais intenso e o garoto resolveu doar a sua alma. E aceitou fazer um laço mais forte que qualquer outro,mais inesperado mais puro e sagrado que qualquer outro, ele queria se ligar ao rapaz e aceitou que eles tivessem relações, mais isso aparentemente era errado, mas ele não ligava, estava em um frenesi que mal podia conter toda aquela energia que saia de si. Porém seu coração fez um estralo e ele acordou e viu o quão errado aquilo estava e parou antes de começar o ato, pois ainda havia um ponto que não havia se resolvido um pondo escuro que habitava o passado do rapaz, um passado que foi negado muito tempo atrás quando eles apenas caminhavam lado a lado no rio. E ele hesitou estar com o rapaz pois seu coração estava inquieto , e com os dias se passando o garoto conseguiu voltar a beira do rio e lá se sentava com os pés dentro da água esperando o dia clarear para que ele pudesse voltar para o inferno que ele chamava de lar.
Então o rapaz encontrou o garoto, sentado observando o mover das águas, se sentou ao seu lado, pegou a sua mão pediu desculpas e disse que seria verdadeiro dali para frente. Que negar o seu passado foi um modo de se proteger e não perder o que ele tinha conquistado, mas essa pequena mentira teve uma repercussão maior que o rapaz e muito maior que o garoto jamais esperava ter, e o garoto se sentiu decepcionado e enganado, e então ao voltar para o seu inferno, ele se deparou novamente com as drogas, o álcool e o fumo.
Ao retornar ele se deparou com uma carta de suicídio que ele havia escrito há muito tempo, mas ele se lembrou que ainda necessita cumprir muitas missões, ele a pôs novamente em sua gaveta, e deitou-se enquanto refletia no ocorrido

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

reflexão

Sei que ninguém acompanha o mover das Areias das Dunas da vida do Garoto, mas minhas próximas duas postagens não serão cronológicas, serão as 2 primeiras que já escrevi na vida, só não tive coragem nem vergonha na cara para postar em um blog próprio ( quando resolvi o fazer, pedi a um dos meus melhores amigos para postar para mim, então apenas vou repor minha escrita aqui O.o' ) mesmo que isso não faça sentido >.<"