quinta-feira, 22 de março de 2012

A Conlusão

         Depois de muitos dias de meditação no abismo, o garoto conseguiu compreender a verdade que se escondia por trás da fachada que ele mantinha, uma verdade que ele jamais admitiria sem um alto grau de reflexão obtido com muitos dias de pensamentos sem fim...

         Sentado à beira de um precipício, aquele que deveras não possuir um fim, algo grandioso porem obscuro rondava o seu interior, tal como a alma do garoto, que só esperava ser desvendada, o abismo ao qual ele observara era restrito ao mesmo tipo de avaliação, todos diziam que não poderia tal cicatriz na terra possuir um fim; Mas o garoto olhava para si e compreendia que apenas lá de dentro que se pode observar a verdadeira luz.

         Então o garoto se preciptou e lançou-se ao abismo, de olhos fechados, em queda livre... sem que nada pudesse o abater, o medo já não existia, apenas a remota curiosidade do que poderia encontrar quando ao fim de tudo ele chegasse; e sua queda parece que demorou dias, fazendo com que sua espera e ansiedade fossem consumidos por tédio e desapreciação, mas como tudo na vida do garoto é imprevisível, como em um passe de mágica, seus pés tocaram o solo e o que seus olhos fitaram, não era algo comum, algo que ele costumeiramente encontrara em suas viagens... Ele visionou um grande vale plano ao fim da cicatriz, ao qual era recoberto por grama curta, macia e bem verde... uma bela cachoeira com um véu branco, similar uma mortalha noturna irrigava o local e no centro de tudo, em uma ilhota rochosa, uma macieira muito robusta...

        O Coração do garoto palpitava fortemente, pois ele ficara impressionado, pois um local escuro, jamais poderia conter tamanha beleza e nesse estalo de pensamento, vindo a sua mente uma grande relação dele com o abismo, equanto ele jamais poderia imaginar que aquilo que possuia uma grande escuridão viesse a possuir um propósito oculto e tão belo, ele indagou a si mesmo e se comparou novamente ao abismo, vendo que se em um local tão improvável haveria aquilo que emocionava os olhos, seu coração poderia possuir o mesmo valor... e ao voltar para casa, sua mente, corpo e espírito; ficarão a esperar alguem que ouse lançar-se ao abismo do coração do garoto para saber se há alguma esperança, pois até então ele só conhece as trevas que nele contém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário